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Aqui contém cenas explícitas de minha nudez ao avesso, para melhor visualização feche seus olhos. (Mary Backes)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Expõe tudo, grita, esperneia - no papel


"(...) Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta (...)" "Escrever - e você sabe disso - pode eliminar essa sensação de gratuidade no existir, de coisas o tempo todo fugindo e se transformando em passado. Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?), então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras, expõe tudo, grita, esperneia - no papel." "Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora."

Caio Fernando Abreu

2 comentários:

Rafael disse...

Oi Mary! Obrigado pelo comentário lá no blog, e seja mais do que bem vinda a se perder comigo no meu cantinho tão (im)pessoal. Legal, moramos na mesma cidade... pertinho mesmo da praia! Bem pertinho.

Alias...gostei muito do que ví no seu blog... e retribuirei a gentileza seguindo-o também, não por ser gentileza, mas por ter realmente gostado...muito alegre... o mundo necessita de alegria nesses dias!!!!

Grande abraço e apareça sempre que quiser!!

Rafa

Sobrepuja - se disse...

Lindoooooooo ^^