Não, ela dizia não a quem dissesse que ela sofreria por não seguir os mandamentos sociais. Na verdade, sofria às vezes por viver numa sociedade que não questionava suas estruturas e que parecia satisfeita com mentiras e aparências. Não, ela não pertencia ao peso dos tradicionalismos irrefletidos, das aparências e das mentiras - ela amava ser livre.
Ela pertencia aos céus, aos mares, às estrelas. Ela pertencia ao mundo, aos sabores, aos sorrisos. Ela pertencia às delicadezas, às músicas, aos ventos. Ela pertencia somente à candura de seus braços - finos e felizes; era leve porque não permitia que ninguém a dirigisse e, por isso, compreendia em silêncio a alma de todos homens. Não queria mudar o mundo, apenas gostaria de conhecê-lo mais e mais, e de viver, serena e confortável, desfrutando dos jogos e dos sabores deste mundo. Ela não parecia humana - mas angelical; isso porque, ela flutuava em raridade, tal qual um anjo bom, que apenas pertencia a si mesma e ao seu mundo possível; por isso, e só por isso, brincava e era feliz.
(Renata Rodrigues Ramos)
* Retirado do blog: http://renatarodriguesramos.blogspot.com/
Um comentário:
Nada como descobrir nas pequenas coisas, grandes alegrias,e delas tirar a força para continuar e continuar,
=)
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