... Eu estava tomando café com um amigo. Ele estava externando seu momento de impaciência com a esposa. A determinada altura, ele entornou a chorumela:
— Estou ficando velho! Não tenho mais paciência para certas coisas de minha mulher. Eu não a entendo. Ela parece agir de modo contrário ao que deseja, e parece dizer o que não está querendo dizer. Se lido com o que ela diz, as coisas complicam… Se lido com a forma como ela age, erro… Não estou conseguindo mais equacionar essa contradição entre o manifesto e o latente na alma feminina…
Numa linguagem meio tecniquês, mas que ele compreende bem, eu sugeri:
— Enquanto você estiver determinado a lidar com o manifesto, e não resolver desnudar as ambivalências do que está por detrás, nos terrenos não-manifestos e latentes, vai se frustrar enormemente… Se ela for surpreendida nesse terreno mais profundo, que vem à superfície camuflado, e por vezes invertido, provavelmente você ganhará mais traquejo no trato com ela.
Em resumo, o homem que interagir apenas com o manifesto e verbalizado mundo feminino não terá compreendido da missa a metade.
(A tirinha de Charles M. Schulz foi publicada em 16 de novembro de 1951. Cf: Peanuts Completo: 1950 a 1952. 4a. edição. Trad. de Alexandre Boide. Porto Alegre-RS: L&PM, 2011, p. 118) http://amadeudeprado.wordpress.com/page/2/
Um comentário:
meu amor..amei..por vezes a mulher também complica né,,homem sofre..mas confesso que também eiste muito homem precisando de manual de instruções...bjs ..te quero
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